Falar pra quê - Parafuso Silvestre

Novo


No tempo do mundo, estive presente aqui.

No tempo de agora, outrora se foi o tempo que estive a pensar.
Se falo algo, é porque algo é para ser dito.
Se o silêncio é presente, presencie o antônimo das palavras.
Porque palavras podem ser só palavras.
Ou não. [...]
Está nascendo um novo líder todos os dias, dentro de cada um de nós.


É tudo novo de novo
Vamos nos jogar onde já caímos
Tudo novo de novo
Vamos mergulhar do alto onde subimos

(Paulinho Moska)

Espelho

"Ninguém pode estragar o seu dia, a menos que você permita".

O colunista Sydney Harris acompanhava um amigo a banca de jornal.

O amigo cumprimentou o jornaleiro amavelmente, mas, como retorno, recebeu o jornal que foi atirado em sua direção.

O amigo de Sydney sorriu atenciosamente e desejou ao jornaleiro um bom final de semana.

Quando os dois amigos desciam pela rua, o colunista perguntou:

- Ele sempre te trata com tanta grosseria?

- Sim, infelizmente é sempre assim.

- E você é sempre tão atencioso e amável com ele?

- Sim, sou.

- Por que você é tão educado, já que ele é tão rude com você?

- Porque não quero que ele decida como eu devo agir.

Nós somos nossos "próprios donos".

Não devemos nos curvar diante de qualquer vento que sopra, nem estar à mercê do mau humor, da mesquinharia, da impaciência e da raiva dos outros.

Não são os ambientes que nos transformam e sim nós que transformamos os ambientes.

"Os tristes acham que o vento geme.
Os alegres e cheios de espírito afirmam que ele canta".

O mundo é Como um espelho, devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos.


A maneira como você encara a vida faz toda a diferença!

Sonhos

Há quem diga que todas as noites são de sonhos.
Mas há também quem garanta que nem todas, só as de verão.
No fundo, isto não tem muita importância.
O que interessa mesmo não é a noite em si, são os sonhos.
Sonhos que o homem sonha sempre, em todos os lugares, em todas as épocas do ano, dormindo ou acordado.

William Shakespeare

Consideração

A consideração é uma espécie de reconhecimento que as pessoas tem em relação a você e que você tem em relação aos outros.

O ato de se ter consideração por alguém significa que você reconhece no outro a virtude, o esforço, a dedicação e mesmo que não tenha retorno da mesma forma, entende que é importante deixar claro que compreende isso na pessoa.

É interessante perceber que por mais desgastados que estejam alguns valores hoje em dia, o que talvez tenha maior espaço na mente das pessoas é distinguir quem se considera e quem lhe considera.

É como se você pudesse elencar àqueles com quem pode contar e que podem contar com você em uma relação de total reciprocidade. Porque considerar tem a ver com confiança, com apoio e com segurança.

A confiança em saber que a pessoa não lhe julga, mas enxerga você como um ser humano.

O apoio para as circunstâncias que você vive porque entende que as conquistas e as vicissitudes acontecem e sempre precisam de alguma palavra amiga para lhe parabenizar ou dar uma "força".

A segurança de poder errar e mesmo assim saber que a pessoa estará lá para lhe ajudar a enxergar o erro e também para abrir o caminho com você para a mudança.

Consideração é isso, é reconhecer.

No mundo dos negócios, a consideração é um tesouro.
Não é todo mundo que tem consideração pelos outros, porque não é apenas uma questão de valores pessoais, pois é um mundo muito competitivo.

Cruzar a linha é muito fácil, em especial quando não há vantagens ou ganhos em retorno. É nesta hora que você percebe e entende quem tem consideração.

Respeitar o ser que você é e que apesar de você estar em um ambiente profissional, saber enxergar que você é uma pessoa, merece toda a sua consideração.

Então, a consideração é demonstrada nas atitudes.
A atitude de entender, de contextualizar, de ouvir, de falar, de avaliar, de investigar e de perceber que as pessoas estão juntas nas ações; isto é consideração.

Nunca se esqueça que você também tem de fazer a sua parte.
Muito fácil esperar dos outros, mas na verdade o que importa é você ter consideração pelos outros, assim o caminho da reciprocidade se abre a sua frente.

Mesmo nas situações mais adversas, nunca deixe de considerar os outros. Pense nos outros, como se fosse você. Assim você consegue entender e medir o que você fizer.

Os seus valores como pessoa devem sempre falar mais alto. Nunca o contrário.

Recear isto é bobagem. Ninguém vai muito longe agindo sem consideração, porque não vem de dentro.

Mas o melhor a saber é que algumas decisões são tão importantes no processo de crescimento que podem significar sofrer ou crescer.

Saiba que os caminhos de grande sucesso são àqueles que valem pelas pessoas.

Decida fazer valer o seu. Saiba considerar.

Por
Sílvia Somenzi

Ser capitão desse mundo
Poder rodar sem fronteiras
Viver um ano em segundos
Não achar sonhos besteira
Me encantar com um livro, que fale sobre vaidade
Quando mentir for preciso, poder falar a verdade...

Passamos por momentos em nossa vida que ficamos a pensar no que fazer e como fazer. Esquecemos muitas vezes que podemos muito mais, se acreditarmos fielmente naquilo que queremos. Somos nossos sonhos, somos realidade, hoje e agora, mas não deixando de olhar para frente, encantando-se com cada momento de nossa vida, sendo besteira ou não, ela é nossa vida. A nossa verdade só a gente que sabe, e cabe a nós mesmos o incrível prazer do certo e errado, do medo e dá confiança, das tristezas e felicidades, do choro e das alegrias, porque o mundo é muito mais do que fronteiras, o tempo é muito mais do que segundo, horas ou minutos, e a felicidade é estar bem consigo mesmo, refletindo e compatilhando isso em todos os atos de sua existência. [...]

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Quero, um dia, dizer às pessoas que nada foi em vão...
Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades e às pessoas, que a vida é bela sim, que eu sempre dei o melhor de mim e que valeu a pena.


As verdades sobre um aniversário

Estive pensando muito sobre o porquê de fazer isso. Sim, eu forjei minha data de nascimento num site de relacionamentos, onde lá encontro muitos "amigos". Nesse site há uma função onde se avisa ao usuário quem está de aniversário no dia ou nos dias próximos. Feito isso, chegando no dia escolhido, começam a aparecer recados e mais recados desejando-me feliz aniversário. Você leitor pensa: grande sacanagem com todas essas pessoas, certo? Sim e não. Desculpem-me os conhecidos de pouco tempo que não sabiam de certo a data correta, porém a minha grande intenção não foi a de brincar com as datas e sim de mera curiosidade das reações das pessoas quanto ao acontecido falso. Percebi que existem basicamente três tipos de pessoas e reações quanto a isso: as pessoas que conheço a pouco tempo ou que tenho pouca intimidade que acabaram entrando na brincadeira, as pessoas que apenas lembraram do aniversário pelo lembrete no site e aqueles amigos e parentes que lembraram ou não, do data correta. Recebi recados de todos tipos: dos mais afetuosos e intensos até os mais corriqueiros como Parabéns!. E não duvidem, foi o que mais apareceu. Não estou aqui para julgar nem condenar ninguém, pois nem tenho direito. Contudo fica a reflexão de que por mais que saibamos ou não o aniversário de alguém, o que se vale mesmo é a intenção do parabéns e dos abraços que recebi, mesmo entendendo que as efemeridades do mundo de hoje fazem-nos passar por situações do tipo que por praticidade vamos deixando mensagens para alguém, que no dia-a-dia se passa despercebido por nós. Não guardo nenhum tipo de sentimento quanto a isso, e termino aqui pedindo desculpas as pessoas que ficaram chateadas de alguma forma e agradecendo todos que lembraram da data correta do meu aniversário e também daqueles que não lembraram mas mesmo assim desejaram votos sinceros e carinhosos.

"A vida é composta de prazeres pequenos. A felicidade é composta desses pequenos sucessos. O grande vêm muito raramente. E se você não colecionar todos estes pequenos sucessos, o grande realmente não significará qualquer coisa." (Norman Lear)


P.S: só para constar, meu aniversário é no dia 31 de Janeiro.

Esperança

Além daqui estão meus sonhos, na imensidão de um mundo que encontra na simples emoção de viver o bem querer da vida.
Indique-me o caminho certo, se é certo que somos reflexos de um mundo incerto.
Transmita a ideia, fique mais perto do que te encanta, não deixe que o medo termine com a dança
E diga sempre a si mesmo:
Eu quero viver na esperança dos sonhos que sempre estarão dentro de mim.

O CD vai ficar mais barato: e daí?

Li esse post no blog do Bruno Medina, e achei um grande complemento ao vídeo Bandas Independentes.

Chega com certo atraso, para dizer o mínimo, a aprovação esta semana da proposta de emenda constitucional que reivindica a redução de taxas incidentes sobre a fabricação e comercialização de CDs, DVDs e afins. A notícia é positiva, tanto para quem produz quanto para quem consome música no Brasil, muito embora pairem dúvidas a respeito de sua verdadeira eficácia.

Se o engajamento de representantes da classe artística, que se deram ao trabalho de comparecer à votação em Brasília na última quarta-feira, deve ser interpretado como esforço para estancar a sangria desatada que assola o mercado fonográfico, me parece que a providência soa como oferecer uma aspirina a alguém que foi ferido à bala.

Eu explico: segundo cálculo de especialistas, na prática, entre isenções e insumos aplicados aos impostos vigentes, o preço final dos produtos poderia cair entre 5% e 10% apenas. A vantagem mais expressiva estaria, portanto, reservada às gravadoras, que teriam um desconto considerável em seus encargos, se aplicado à escala de milhões de unidades.

A “economia”, ao menos em tese, seria investida em maiores tiragens, capazes de diminuir os custos de fabricação, bem como no aumento da receita destinada à contratação e à divulgação de novos talentos. Há, no entanto, alguns incrédulos escolados que cogitam a possibilidade de, num futuro próximo, surgirem justificativas para que o benefício não seja repassado ao consumidor, nem aos artistas, e isto não seria nenhuma novidade.

Frente a este cenário, não vejo tantas razões para comemorar, exceto, talvez, pelo fato de que a emenda, se aprovada, poderá incentivar a disseminação dos pequenos selos regionais, aqueles que são os maiores afetados pela carga dos impostos. Os defensores do projeto alegam, e com razão, que a imunidade tributária – atualmente aplicada aos livros – deveria, também, se estender aos formatos musicais, visto que não há porque não considerá-los como pertencentes à uma mesma categoria.

Mais difícil do que conquistar a preterida equiparidade será me convencer de como um disco que hoje é vendido por R$ 33.00, e, depois da lei, por R$ 30.00, resultará num reaquecimento do mercado e, por consequência, em duro golpe na pirataria. Sinceramente não consigo enxergar como os novos parâmetros acirrariam a competição com arquivos baixados de graça na internet ou CDs adquiridos por R$ 5,00 nas banquinhas do camelô.

Claro que qualquer medida nesta direção será sempre bem-vinda, mas o que esse povo parece não querer ou conseguir entender é que pouco resta ainda a ser recuperado. Uma parcela significativa dos consumidores, por motivos ideológicos ou orçamentários, migrou, e não parece estar disposta a voltar atrás, para este outro modelo de troca, que não admite intermediários entre fãs e artistas.

Reconheço, por sentir na pele, que existe aí um grave prejuízo no que se refere a direitos autorais, mas de nada adianta continuar se enganando com paliativos. Mais eficiente do que esta derradeira tentativa de salvar o formato físico de sua morte anunciada (algo que só faria sentido 10 anos atrás) seria empreender tempo e dinheiro no estudo e no desenvolvimento de mecanismos mais transparentes, e portanto mais afeitos à esta época, de remuneração para quem produz e distribui música.

Exemplos criativos não param de surgir: há bandas que têm a gravação de seus discos financiada pela soma de pequenas contribuições dos fãs, ou empresas que subsidiam, em troca de propaganda, o download de faixas. A partir de soluções como estas conclui-se que o “fim do mundo” alardeado pelas gravadoras é tão somente o virar de uma página. Os recursos continuarão existindo, só mudaram de mãos. Das deles para as nossas.

Fonte: Instante Posterior

Documentário - Bandas Independentes